Vida

Vida.

Sou fascinado por ela.

Por todos os motivos imagináveis em todas as suas nuances. Porém, muita gente que parece ter titica na moringa e não valoriza. Barbaridades acontecem desde sempre e eu tenho consciência disso, mas acredito que (ou pelo menos é o quer deveria ser) quanto mais o tempo passa, mais evoluída, racional, civilizada deveria estar a humanidade. Essas últimas palavras (evoluída, racional, civilizada) são bastante questionáveis (acho que também posso dizer) desde sempre. Sim, por que vira e mexe surge uma nova história bárbara pra chocar nossos valores e que nos faz (re)pensar o quanto vale a vida humana. Seja quando uma criança é jogada pela janela, seja quando um filha é presa num porão por 24 anos (só pra citar as mais-mais atuais), sem contar os assassinatos, seqüestros, estupros que recheiam jornais, revistas, sites e outros meios de comunicação fazendo a festa dos sensacionalistas. Não importa. Qualquer agressão a vida humana é uma agressão a nós próprios.

Dia desses vi um puta fight entre dois ‘guardadores -de-carros’ na Gameleira, uma disputa pelo ponto ou coisa assim, enfim, o que me chocou é a ação barbárie da agressão. Caraca! Definitivamente não sou acostumado a esse tipo de cena pra me “divertir” com fatos assim.

A vida humana é muito valiosa e com um potencial gigante pra ser banalizada.

Sim, sim, mas o que posso fazer? É obvio que o problema é gigante, e como diria um professor que tive na faculdade: violência sempre vai existir, não adianta.

Disputa por espaço, por poder, sobrevivência, enfim, sei que sempre vai existir, porém não poderia ser menos violento? Não dá pra tentar nem um ‘cadim’ de prosa?

Insisto em dizer que o que pudermos fazer, nem que seja o mínimo do mínimo pra falar e passar mensagem de paz, e do gigante potencial humano de transformar a si mesmo e o espaço em que ele vive. Essas pequenas ações são algo de grande valia.

Já imaginou se todos desistissem de lutar pela paz?

Já pensou se confirmasse a vitória dos pessimistas que insistem em dizer: ‘tem jeito não, é assim e assim sempre será’ ?

Toda vez que meto a cara e arrisco escrever sobre a vida, paz, enfim, me sinto ‘mó’ utópico ou lunático, mas ao mesmo tempo sinto que a humanidade tem uma puta carência de uma filosofia de vida que supra essa vazio, essa falta de amor próprio e pelo outro, de valorizar a sim mesmo e o outro que há muito tempo está esquecido. As pessoas parecem viver em Egoísmolândia.

É difícil conceber que as pessoas desprezem a beleza da vida que está em tudo, desde o acordar, ter a possibilidade de realizar milhares de ações que podem melhorar a si mesmo e ao seu espaço.

Tem uma galera que quer que esse papo de mundo melhor exploda. Mas por outro lado, tem uma galera que com sua profissão ou especialidade, tenta colaborar de acordo com suas habilidades para fazer e acontecer um mundo melhor, seja como médico, jornalista, pedreiro ou o seja lá o que for (esse é o ideal) e tenho certeza que as pessoas ‘do bem’ e boa índole pensam e agem assim. E isso não seria utopia?

Ok, ok pode parecer romantismo e até ser “utópico”, mas acredito e insisto em acreditar que dias melhores virão e já estão acontecendo. Assim como eu, conheço mais uma pá de “utópicos”

A mudança é do micro para o macro. E a mudança começa em nós mesmos. Começa em nosso interior com pequenas ações no dia a dia.

Devemos ser senhores de nossa mente e não o contrário. E à medida que conseguimos mudar a nós mesmos, aí sim começamos a mudar o nosso espaço, começando pela família, vizinhos, bairro, e daí em diante até 'contaminar' mo mundo inteiro.

Calma! Calma! Não confunda isso com a idéia do ratinho Cérebro de querer dominar o mundo.

Eu falo no simples (porém grandioso) sentido de espalhar para o maior número possível de pessoas que temos um gigantesco potencial pra melhorar a nós mesmo e o mundo. Se eu falo pro João que fala pro José que fala pro Antonio que fala pro Raimundo e quando menos percebemos teremos uma puta teia espalhando positividade a quem quer que seja e por todos os lugares.

Barbaridades pode até haver sempre e sempre com raízes no desejo próprio, mas tenho Certeza (com ‘C’ maiúsculo) se essa teia se espalhar, Egoismolândia terá um território cada vez menor.